“A obra de Deus só acontece com vidas consagradas”
(Glauco César de Paula – Fundador da Comunidade Corpus Christi)
O Pai, por seu Espírito, incessantemente nos atrai a si, para que ocupemos o lugar que reservou à nós: o lugar do Filho na Trindade. Nos chama e espera de nós uma resposta. Não para fazermos algo por Ele, mas sim sermos inteiramente Dele, mediante a oblação de nossas vidas, que se tornam alimento para os nossos irmãos. É por isso que aprendemos a dizer: “eu sou Corpus Christi”.
Torna-se membro desta obra, aquele que, pela oferta e oblação de sua vida no altar, se entrega todo a Deus, consagrando-se a Ele, mediante decisão livre, consciente e fundamental.
O processo para admissão como membro da Comunidade Corpus Christi se desenvolve no período denominado “Formação Inicial”, que é dividido em cinco etapas probatórias: Aspirantado, Vocacional, Oferta, Discipulado e a Oblação.
Em cada uma dessas etapas vivenciam-se conteúdos específicos a fim de observar se aquele que se aproxima da obra possui, além das qualidades humanas e espirituais requeridas pelo direito comum, as particularidades da Comunidade segundo sua Regra de Vida.
Após um período de contato e conhecimento da Comunidade, aquele que se sentir chamado a fazer parte dela, ingressa no primeiro tempo formativo, chamado de ASPIRANTADO, onde serão trabalhadas a formação comunitária, a formação para convivência fraterna, vida de oração e formação cristão de base.
Para ingresso nesta etapa, deve-se ter no mínimo 16 anos de idade e atender aos requisitos mínimos elencado no Estatuto da Comunidade.
A etapa seguinte é o VOCACIONAL, destinado ao discernimento específico do chamado à vida fraterna em comunidade, bem como à vocação para a oferta da vida pela observância dos conselhos evangélicos e a missionariedade, iniciando-se a participação nos trabalhos promovidos pela Comunidade.
“O vosso sinal é a Cruz de Cristo”. É na etapa do Vocacional que o candidato é investido com o sinal da comunidade, a cruz em forma de TAU, sinal que recebemos de Deus por inspiração. Sendo para nós o sinal da Cruz, buscamos sempre a nossa configuração a Cristo crucificado, não sendo necessário para isso grandes sacrifícios, nos bastando à fidelidade de aceitarmos e oferecermos tudo o que nos acontece a Deus por meio de Cristo. Recebemos o Tau, não como um sinal da comunidade simplesmente, mas, como “O Sinal de Deus em nós”. Nesta primeira investidura o Tau não possui nenhum outro detalhe; é simples, de madeira e nos chama a disposição de nos conhecermos, nos vermos sem máscaras como Deus nos vê, abraçando nossa vida humana e natural, onde a graça de Deus quer agir e transformar.
Como próximo passo, acontece a etapa formativa da OFERTA, onde se faz a doação da própria vida a Deus na Comunidade e a experiência da vida missionária, dedicando-se intensamente à evangelização. Como sinal, nesta etapa, ao Tau é adicionado o cálice, visto que o Senhor nos chama a doarmos as primícias de nossas vidas a Deus. No cálice, é que nos ofertamos no altar, com a Oblação de Cristo.
Cumprida mais uma etapa, inicia-se o DISCIPULADO, um tempo de maior entrega, vivido sob a responsabilidade de uma equipe de formadores; período destinado ao aprofundamento da Regra de Vida, bem como de outros escritos, com a finalidade de consolidar o carisma específico da vocação Corpus Christi. Nesta etapa, o Tau é transpassado, dizendo de nossa postura, diante dos apelos do mundo, da carne e do inimigo de Deus. Tempo de colocar o ouvido do nosso coração no peito de Jesus, ouvi-Lo vivamente, obedecê-Lo prontamente e amá-lo incondicionalmente.
Após percorrido todo esse processo, caminha-se para a OBLAÇÃO, através da qual torna-se membro e publicamente realiza sua consagração de vida a Deus na Comunidade Corpus Christi, oblação este que se renova anualmente, até que seja realizada de maneira PERPÉTUA. Quando da Oblação, o cordão do Tau que trazemos ao pescoço recebe quatro nós, sendo os três primeiros para expressar nossa consagração à Cristo por meio dos conselhos evangélicos da castidade, da pobreza e da obediência e o quarto nó referente a nosso compromisso de rezarmos com fidelidade pelos Sacerdotes.
Se o Senhor te chama, não temas! Ele te chama porque te ama e te quer feliz.
Responder à vocação é condição essencial à essa felicidade.
Deus nos chama em Cristo Jesus, para a íntima comunhão com Ele, no Espírito Santo para que sejamos todos “Filho na Trindade”. Vinde e Vede!