Enquanto vemos tantas ações sociais que tentam sensibilizar as pessoas em atenção à situação dos cuidados dispensados aos animais, e mesmo denúncias de maus tratos e abandono – o que não deixa de ser algo necessário e devido – vemos também um número crescente de pessoas mais do que sensibilizadas, condoídas, com a vida e situação dos bichinhos.
Não se trata de não termos cuidado e maneira sensata e inteligente de cuidarmos e zelarmos pelo bem estar do animais, mas antes, de olharmos em que condições vive o nosso semelhante e considerarmos que estes também gostariam de receber atenção, e, no entanto, é a desatenção que muitos recebem. Ficaríamos mais certos de serem pessoas desprezíveis e não iríamos levar em conta o fato de que o desprezo pode ser a causa de revolta e violência.
O que pensarmos então da questão, tão em pauta, de dizerem insistentemente que aborto é questão de saúde pública e direito da mulher?
Obviamente não se trata de uma verdade. Porém, aqueles e aquelas que militam em favor de ideologias hipócritas e farisaicas, não pensam em deixar claro os seus verdadeiros motivos e que na realidade defendem interesses outros e aclamam suas ideologias como verdades incontestáveis.
Para se estabelecerem como promotores de “verdades absolutas”, taxam os que não concordam com o relativismo pelo qual militam de fascistas, retrógrados, ultrapassados, fundamentalistas religiosos (embora ninguém imagine que querer o bem de um semelhante seja questão religiosa, mas, antes, antropológica e até biológica de preservação da própria espécie é o que podemos ver até mesmo no meio dos animais), e outros adjetivos que acharem oportunos, no entanto, acusam os opositores exatamente daquilo que fazem e defendem. Essa é a técnica da Revolução gramsciana.
Gostam de acusar a Igreja de farisáica, hipócrita, mas, não dirão isso dos mesmos meios de comunicação que promovem a divulgação e propostas abortistas e comemoram o fato do avanço na medicina, que consegue operar uma criança ainda no ventre da mãe.
Chegou o tempo em que os que são pela vida e por Deus terão que se manifestar optando por ser frio ou quente. Bem, o morno já sabemos que fim terá…
Glauco Cesar de Paula – Fundador e Oblato Corpus Christi